Feliz 2016!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Dia 31 de dezembro! Mesmo estando há quase três meses afastada do Caixola, não poderia deixar de vir aqui fazer um balanço do ano, como é de costume. 2015 foi um ano... louco! Muitas coisas aconteceram. Coisas que fenomenais, coisas que quero simplesmente apagar da memória, mas no fim das contas, eu acho que foi um ano que me deu muito. Eu aprendi ainda mais sobre mim mesma, sobre o que eu quero, mas também ainda estou cheia de dúvidas sobre como chegar lá.

De qualquer forma, o que eu mais gosto dessa época é poder contemplar de fora todos os meses que passaram e ver como cada um dos 364 dias anteriores nos ajudaram a crescer. E mais uma vez, quando eu sento pra tentar separar um desenho expressivo a cada mês, eu tenho uma visão nítida de como esse crescimento aconteceu.


Enfim, a todos que continuaram acompanhando o Caixola esse ano, mesmo em meio a tantos atropelos, a todos que estão sempre aí torcendo pelo meu sucesso e acompanhando minhas ideias malucas, meu muito obrigada! Que continuemos juntos e crescendo em 2016!

Feliz Ano Novo a todos!

Making of Alexandrite - Pintura Digital

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Ei, pessoal! Nos últimos dias tenho ficado mais quieta nas redes sociais, sem publicar muito no Instagram, Tumblr ou aqui. O motivo disso é que tenho dividido meu dia entre estudos e esse projeto de pintura sobre Steven Universe.

Eu já tenho todas as fusões do desenho rascunhadas e estou trabalhando nas finalizações. Como disse em posts passados, vinha tentando gravar outros processos de acabamento digital, e dessa vez eu consegui registrar todo o processo, desde as cores chapadas até a renderização final!

Então, sem mais enrolação, deixo com vocês o imenso (que poderia ter sido muito maior, se não fosse um time lapse) vídeo de acabamento da Alexandrite, uma das fusões de Steven Universe.



Espero concluir esse projeto na próxima semana, e aí sim começarei a postar as ilustrações nas redes e farei um post mais detalhado sobre isso também no Caixola! Nesse meio tempo, sei que não estou descrevendo nada sobre os passos pro acabamento dessa ilustração, mas fiquem a vontade pra usar os comentários para abrir discussão a respeito. :)

Obrigada pela visita e até a próxima!

Vídeo de rascunho digital

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Ontem tentei mais uma vez gravar minha tela enquanto pintava um desenho no Photoshop. Minha intenção era mostrar outras etapas do meu processos de trabalho, como disse que faria quando publiquei sobre lineart digital há umas semanas atrás. Mas o software que eu estava usando não tava muito a fim de me ajudar e, embora eu tenha recomeçado a pintura três vezes pra gravar o processo todo, no fim não deu certo.

Quando chegou mais a noite, decidi tentar outro software, mas pra não correr o risco de me frustrar gravando um processo longo pra depois dar problema de novo, me gravei rascunhando coisas sem compromisso.



Até agora tudo funcionando de boa. A qualidade do vídeo é bem melhor do que do gravador anterior, mas também esse arquivo aí tinha quase nada de camadas, embora fosse formato A4 300dpi. Vou tentar de novo gravar outros processos, mas por enquanto só tem essa coisinha aí. Desculpem por isso, hehehe!

Obrigada por verem e até a próxima!

Breve nota

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Só estou passando pra avisar que ontem fiz algumas ligeiras modificações no layout do Caixola. Foram basicamente coisas de CSS, mas como não sou muito fluente em web design, pode acontecer de dar algum problema. Qualquer coisa muito fora do normal que vejam, fico agradecida se puderem me informar.

Um pouco sobre Fanart

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Ultimamente parece que os astros se alinharam em uma união perfeita contra mim. Eu, que vinha estudando todo dia, me sentindo produtiva e com a sensação de quem estava caminhando bem, fiquei super mal de umas semanas pra cá. Em parte por culpa de alguns problemas pessoais, mas isso acaba afetando a produção diretamente.

A importância de não deixar de rabiscar, mesmo que toscamente.
Já estou há vários dias me sentindo assim, por isso decidi me dar um descanso jogando um pouco, vendo filmes, lendo quadrinhos, mas mesmo nesse momento ruim, ainda estou tentando esboçar algumas ideias, rabiscar e tal. Noutro dia, durante um desses momentos de introspecção, catei uma caneta, um pedaço de papel e enquanto ficava deitada ouvindo música, fui rabiscando. Disso surgiu um rabisco com o qual simpatizei e decidi levar pro meio digital.

Rascunho mais detalhado e organizado da ideia acima, já no meio digital.
Dessa vez, ao invés de ficar aqui falando das minhas decisões pra terminar essa ilustração, vou falar algumas coisas que penso sobre a prática de fazer fanart e que tem muito a ver com o momento que estou passando, de bloqueio artístico. Muita gente acha que isso é bobeira ou perda de tempo, mas na minha opinião a fanart desenvolve um papel importante pros artistas.

Cores blocadas pros personagens, com alguns detalhes em alguns elementos.
O que acontece é que quando você está trabalhando com uma fanart, está lidando com um material que já está desenvolvido. Por exemplo, o visual e as características intrínsecas de um personagem, de um mundo, de um determinado contexto. Tudo que você precisa é exercitar como vai representar isso tudo, e aí temos uma infinidade de caminhos. É só ver a quantidade absurda de estilos com os quais uma determinada comunidade de fãs consegue representar os personagens de uma história. E não só representá-los como eles são realmente, tentando mimetizar o traço do artista original, mas dar novas roupagens, quebrar o que já é conhecido e refazer, redesenhar, trocar o gênero, enfim, inúmeras possibilidades.

Detalhamento de todos os personagens e elementos dos planos da frente e do fundo.
Falando de forma bastante particular agora, quando minhas capacidades criativas estão prejudicadas por qualquer motivo, fazer fanart me ajuda a quebrar esse bloqueio, porque consigo pensar menos no que eu não consigo fazer e mais em fazer alguma coisa. No caso dessa fanart de Steven Universe, o foco ficou na proposta de pintar uma composição inteira usando uma mídia com a qual não tenho muita experiência: gouache digital. Quem me acompanha no Instagram pode ver que, no momento, devo ter no máximo três desenhos publicados com essa mídia.

Inserção de novo elemento no plano da frente e no fundo, mais sombreamento dos personagens.
A partir do momento que decidi reproduzir aquele rascunho no Photoshop, decidi que ia tentar quebrar um pouco os padrões do meu processo criativo, que é geralmente focado em linhas, e utilizei essa oportunidade para explorar novas técnicas.

Highlights em todos os elementos e desfoque nos planos da frente e do fundo.
O resultado foi esse desenho que, embora tenha me tomado em torno de três tardes pra terminar, me deixou bastante satisfeita no final. O sentimento de concretização que eu tive naquele momento de bloqueio criativo foi super importante pra lubrificar as engrenagens. Ainda estou me sentindo um pouco apática, mas aos poucos estou retomando as coisas.

Adicionei uma camada de degradê mesclada à imagem pra uniformizar as cores puxando pro azul.
Agora, é sempre bom lembrar que, por mais legal que seja, não dá também pra viver só de fanart. Não vejo mal nenhum em brincar nesse universo, mas é importante lembrar de também exercermos nossas capacidades criativas, desenvolvendo nossas próprias coisas.

Outro ponto importantíssimo é entender nossos limites e que sempre corremos o risco de cair nesses momentos de bloqueio. Quando isso acontece, é normal fazermos uma pausa e voltarmos um pouco a nossa atenção pro que realmente nos agrada, nos cercar das pessoas que gostamos, etc. Isso ajuda muito a recuperar as energias. :)

Bom, é isso. Peço que me desculpem pelo post um tanto pessoal, obrigado por ler e até a próxima!

Pessoas Rato

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

No último domingo, durante uma conversa com a Nane (Cappuccino com Nane chan), fui desafiada pra fazer um "Rodentia ao contrário". Ela me disse que eu estava fazendo um bom trabalho antropomorfizando ratos, mas que gostaria de ver como eu me sairia "ratizando" pessoas (eu sei, esse termo não existe, mas foi o que eu achei que se encaixou melhor). Eu gostei da ideia, pedi mais detalhes e um prazo pra execução. A data de entrega foi marcada pra hoje (sexta-feira, 21/08), portanto cá estou eu pra mostrar o que consegui fazer entre meus momentos de desânimo.

Rascunhos
Pensei em começar o processo do jeito que sempre começo, com rascunhos descompromissados, tentando encontrar o que seriam as pessoas-rato, mas como disse, essa semana foi particularmente difícil e nada do que eu fazia parecia funcionar. Daí, decidi tentar enveredar por outros caminhos no meu processo criativo e passei a fazer estudos de personagem com silhuetas, sempre procurando pensar quais tipos de pessoas eu poderia criar com características de ratos.

Estudos de gestual com silhuetas

Desse processo construí esses quatro personagens:


Burguês: um tipo ruim, que gosta de explorar todo mundo que pode. Dono de vários empreendimentos, acredita que pode extorquir qualquer um que tente adquirir qualquer tipo de lucro nos arredores de suas dependências.


Menina órfã: ela e seu irmão ficaram órfãos e foram dados aos cuidados do seu tio. Uma menina de grande bravura e caráter, trabalha colhendo coisas que possa vender ou trocar por outros bens.


Menino órfão: irmão mais novo da menina, não se conforma com a situação familiar em que vivem e acaba sempre se revoltando com os trabalhos que devem fazer, o que normalmente coloca sua irmã em apuros. Apesar disso é um menino de bom coração que sempre se arrepende de seus atos e tenta ajudar como pode.


Tio babaca: um grande vagabundo, se utiliza do trabalho de seus sobrinhos pra sobreviver, além de gastar o dinheiro adquirido por eles em jogos e bebidas.

Quando a Nane me fez esse desafio, antes de começar a desenhar gastei um bom tempo pensando em contexto. Acabei indo parar na Era Vitoriana, numa Inglaterra que começa a sofrer os reflexos da Revolução Industrial. O cenário é uma cidade, crescendo desordenadamente conforme a necessidade das indústrias locais, e por consequência tem-se muitos pobres e desabrigados por todo o lado.


Blá, blá, blá, blá, tudo um monte de besteira que tá escrito aí em cima, eu sei, mas foi uma tentativa de dar algum pano de fundo pros personagens, porque eu não queria só fazer um desenho, queria criar algo que tivesse relação.

Não sei se no fim das contas eu cheguei onde a Nane esperava, mas foi um exercício bem interessante de qualquer forma. Obrigada pela proposta, Nanikinha! :)

Me digam o que acharam aí nos comentários!
Obrigada por ler e até a próxima!

Young Crystal Gems - Fanart

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Acho que Steven Universe é o desenho que mais anda fazendo sucesso ultimamente. Meu contato com ele começou tímido e foram preciso uns três amigos/conhecidos meus falarem bastante dele pra que eu me animasse a passar o olho. Steven Universe me ganhou logo nos primeiros episódios, pelo seu clima leve e divertido, que foi aos poucos se transformando em uma rede intruncada de relações e acontecimentos. :)


Não demorou muito pra que eu me visse completamente vidrada nesse desenho, estudando os personagens e fazendo fanarts. E esse post é exatamente sobre isso: processo de produção dessa fanart aí em cima.

Comecei com um rascunho geral, tentando blocar os personagens com suas shapes básicas e prevendo um mínimo de interações. A seguir, dei andamento aos detalhes, já deixando mais claro quem é quem e as expressões que estariam fazendo. Antes de dar início ao acabamento, comecei a implicar com o fato da Ametista estar no colo da Pérola. Embora fosse fofinho, achei que isso ia atrapalhar um pouco a ligação que eu queria criar entre a Pérola e a Rose, por isso tirei a Ametista de lá e comecei a explorar outras opções, baseado no comportamento que ela demonstrava enquanto jovem (referência ao episódio "We Need to Talk" da segunda temporada). Tirei a Ametista do colo da Pérola e fiquei com o gestual dela pra resolver, mas não foi tão complicado assim, hehehe. Bastou tentar deixar a Pérola bem... Pérola! xD


Definidas todas as personagens foi hora de passar pra lineart, que fiz naquele esquema: cada personagem separada e só apaguei depois as linhas sobrepostas, pra ter maior liberdade e fluidez de traço. Depois disso cores chapadas, sombras, highlights e por último um estudo de cenário.


Sobre o cenário, todo mundo sabe que é um dos meus maiores problemas, mas tentei mesmo assim. Como ele não era o astro principal da cena, só um acessório, fiz sem linhas, só com pintura pra não tirar muito o foco das personagens.

Por fim, ficam alguns detalhes mais próximos do acabamento. :)






Essa arte eu fiz pra dar de presente pra um dos meus amigos que me apresentou a Steven Universe, em agradecimento por um presente que ele me deu, hehehe. Acho que ele curtiu. :)

E se você ainda não tá vendo Steven Universe... tá dando mole pra caramba! :D

Mascote Geek Carioca

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Além dos estudos (que tenho tentado manter diariamente), também tenho dedicado meu tempo a projetos freelancer. Nas últimas semanas desenvolvi o personagem Goblinho, nome dado pelo pessoal da Geek Carioca ao mascote feito para o evento Diversão Off-line.

Oi, Goblinho! :)

Eles me procuraram por conta de um desenho de Orc que publiquei aqui em setembro de 2011, dizendo que gostariam de um personagem nessa linha, só que menos agressivo, com um jeitinho esperto, nerd e fã de jogos de tabuleiro. Daí pensei: o que sei de goblins? São criaturas humanóides, verdes, muito presentes no universo RPGístico (dos RPGs, ou Role Playing Games. Sim, eu já joguei e curto RPGs), portanto sua aparência pode ser agrupada com aquelas de personagens de Terras Médias (sabe, universo de Tolkien, de onde sai quase tudo que é RPGístico, tipo Dungeons and Dragons, Caverna do Dragão? Então!).

Alguns dos rascunhos apresentados aos clientes.

Pois bem, estava definido o briefing pra elaborarmos nosso personagem. A partir daí foi rabiscar um bocado de ideias, levando em consideração os pontos já mencionados e também uma possível pose de apresentação. Mascotes normalmente são expressivos, possuem poses de ação e posturas energéticas, então tentei transpor isso pra alguns dos meus sketches.

Mais rascunhos. Esse foi o layout escolhido, com alguns elementos do layout anterior.

Escolhidos pelos clientes o layout, os elementos e a pose, foi hora de refinar o trabalho no ambiente digital, e depois passar pro acabamento vetorial.

Das linhas às cores. À esquerda, alguns elementos isolados que estão presentes na ilustração.

Como eu amo desenhar personagens, me amarrei muito nesse trabalho. Foi super divertido! :) E vocês, o que acharam do resultado?

Ah, e por último, mas não menos importante, pra quem está no Rio de Janeiro e se amarra em jogos de tabuleiro e elementos da cultura geek, não percam essa oportunidade de se juntar a um monte de gente que curte essa vibe também! :) Seguem alguns detalhes do evento:

Diversão Offline
Centro de Convenções SulAmérica, Rio de Janeiro/RJ
Dia 22 de novembro de 2015
10h às 18h
Para mais informações:
www.facebook.com/diversaooffline
Para compra de ingressos:
www.sympla.com.br/diversao-offline

Então dá a sua curtida lá na página do pessoal e bons jogos pra todos! :)
Até a próxima.

Truque para lineart digital

domingo, 2 de agosto de 2015

Há uns dois anos atrás eu estava aqui, fazendo tutoriais sobre meus processos de criação digital. No conjunto de posts pra essa sequência tinha um dedicado exclusivamente à lineart (ou digital inking). Na ocasião, ainda fazia uso de uma mesa digitalizadora da Genius (Mousepen 8x6) e trabalhava somente no Photoshop, por isso tinha uma visão unilateral do processo. Agora que dei upgrade pra mesa Wacom, experimentei outros softwares, aparatos, e também com a prática acumulada, acho que tenho um complemento a fazer pro conteúdo do post antigo.


Mesmo depois desses anos, ainda rege o fato de aprender a trabalhar com grandes formatos, em 300 dpi e conhecer a pressão da sua mesa. Isso facilita pra ter linhas mais bonitas (no caso da resolução) e entender qual tamanho de brush você precisa ter pra trabalhar seus traços (no caso da pressão da caneta). Mas além disso, acho importante entendermos que a mídia digital existe pra ajudar a solucionar alguns problemas mais complicados de serem resolvidos na mídia tradicional. O que eu quero dizer com isso é pra aprendermos a fazer bom uso dos recursos digitais em prol de um processo mais natural e bem elaborado.

Deem uma olhada no vídeo do acabamento do desenho acima:



Acho que vocês puderam reparar que a minha lineart está separada em várias camadas. Adquiri esse hábito de criar a lineart em seções, pois assim temos maior liberdade com áreas do desenho que sofrem sobreposição. No acabamento das linhas de elementos sobrepostos em um desenho, por vezes é preciso ter um traço interrompido. O que pode acontecer, se você não estiver trabalhando com camadas, ou estiver trabalhando à mão livre com mídias tradicionais, é você ter dois traços que não parecem pertencer à mesma linha, mas que em teoria deveriam. No meio digital, a solução pra isso é: traçar em camadas diferentes, depois apagar a parte do traço que não deveria aparecer. Fazer um traço contínuo é muito mais natural e objetivo do que traçar, parar e depois tentar retomar a continuidade daquele traço na outra parte do desenho.

Lineart tradicioinal e... ooooooops, quase! Tá vendo ali no cogumelo? Nesse dia eu senti falta de curvas francesas.

Aí alguém pode vir e falar: "Ah, mas quanto mais camadas eu tiver no meu arquivo, mais pesado ele fica". Isso é a mais pura verdade, mas precisamos aprender a trabalhar com um conceito que o Matt Kohr (ctrl+paint.com) chama de "Camadas Temporárias", que consiste em: quero fazer uma coisa nova, não sei se vai ficar bom. Faço em uma nova camada, se ficou ruim, apago. Se ficou bom, mesclo nas camadas abaixo. Ele usa isso pra pintura digital, mas pode-se fazer também com a lineart. O cabelo do seu personagem sobrepõe os olhos? Desenhe os olhos lindamente, trace os cabelos em uma nova camada, apague a parte dos olhos que deveriam estar ocultas. Simples assim.

Lineart completa pra um desenho que estou fazendo do meu irmão, hehehe.

Esse vídeo eu gravei muito mais como teste de hardware e software do que com "propósitos educacionais", por isso ele tem alguns problemas de edição e qualidade. De qualquer forma, como andei revisitando esses tutoriais antigos, achei que valeria a pena compartilhar um pouco de processo com vocês.

Espero que tenham curtido e prometo tentar gravar outras etapas de criação. Torçam pra que funcione! Forte abraço e até breve. :)

Nova cara: um logo e uma experiência

domingo, 26 de julho de 2015

Enquanto volto a me acostumar a escrever periodicamente pro blog, vou tocando meus estudos aqui em casa. A bola da vez é o visual do Caixola, que não é de hoje está precisando mudar. Há muito tempo tenho vontade de elaborar alguma coisa mais parecida com um logotipo e estando mais disponível em casa, tirei um tempo pra fazer esses estudos. O Caixola é pra mim um laboratório, lugar pra  crescimento, tentativa e erro. Pensando nisso, decidi fazer uma experiência nova pra aplicar como logo: um lettering!

Tudo começou num dos meus sketchbooks, enchendo uma página com rabiscos, tentando encontrar algo que pudesse ser um caminho.


Não demorou muito pra perceber que o processo seria longo, então deixei de lado o formato quadrado e lancei mão de algumas folhas A4 pra ter mais liberdade. Separei também várias canetas que pudessem me dar traços diferentes pra testar, e fui embora rabiscando... Usei Tombow Dual Brush Pen, Copic Ciao, Zebra Brush Medium, Pentel Pocket Brush, Sakura Pigma Brush, Paper Mate Flair M, Magic Color e o bom e velho lápis 2B. Além disso, usei folhas quadriculadas e papel vegetal pra refinar os sketchs, como vocês poderão ver adiante.


Enquanto rascunhava minhas "Caixolas" assistia a uns cursos de lettering no Skillshare (links no fim do post), pra ter ideia do processo e da finalização desse tipo de trabalho. As aulas são curtinhas e quando a "matéria" que a tutora tava ensinando já era matéria dada pra mim (tipo, alguma coisa de Illustrator), eu ficava na minha só rabiscando. Nisso, juntei umas 4 folhas de rabisco!





Quando achei que tinha finalmente chegado a uma solução aceitável, fotografei, levei pro Illustrator e comecei a vetorizar. No meio do processo vi que ainda tinha pontos frágeis, como o alinhamento, desenho e o peso de algumas letras, então voltei a rascunhar e acabei chegando a outros caminhos que me agradaram mais.

Usei o papel quadriculado pra me ajudar a perceber e manter as relações entre as letras.

Esse foi o rascunho que refinei no papel vegetal. Ali em cima está a primeira opção que tentei vetorizar, mas desisti no meio do caminho.

Depois é só vetorizar tudo com muita calma e cuidado pras curvas não ficarem "quebradas" ou "amassadas" demais! :)

Sobre o lettering: eu queria que fosse algo bonito, com floreios, mas que não fosse formal ou "elegante" demais. Ao mesmo tempo, queria que tivesse um toque pessoal, algo que mostrasse que foi feito por mim, e não uma tipografia baixada em um banco, e também que tivesse um pouquinho de ilustração, já que não compus nenhum símbolo pra dar suporte às letras. Pra tentar dar um ritmo para a composição, fiz uma ligação da letra "C" com o pingo do "I", e na última letra "A" inseri aqueles sinais no topo e o "swirl" embaixo, pra lembrar o formato de uma lâmpada acendendo (ideias... coisas da Caixola, sabe?). A ideia de juntar o corte do "X" com o "swirl" foi uma tentativa de não deixar muitas "pontas soltas". Não sei se foi a melhor  solução, mas gostei do desenho como um todo, hehe. E como não podia deixar de ser, coloquei eu lá pra zuar o topo, hahahaha!

Se isso aí tá perfeito? Com certeza não. Mas foi uma experiência nova, foi divertido pra caramba, ficou legal e tá aí... agora tenho algo pra usar por um tempo (mais um ano, pelo menos).

Sobre os cursos mencionados do site Skillshare, foram The Golden Secrets of Script Lettering: Find Inspiration In Your Handwriting e The Golden Secrets of Hand-Lettering: Create the Perfect Postcard.

E vocês, o que acharam da nova brincadeira?

Abraços e nos vemos em breve!

ICONIC

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Não é raro que eu compartilhe por aí vídeos ou textos de artistas internacionais falando sobre o hábito de estudar arte, como manter um pensamento mais positivo com relação ao trabalho artístico e se sentir melhor com seu próprio desenvolvimento. Enquanto muitos possam achar que isso tem mais a ver com coisa de auto-ajuda (e na verdade é um pouco mesmo) esse é um lado muito pessoal que várias pessoas desse meio preferem não expor, sabe-se lá por quê.

O que muita gente pode não saber, é que quando a gente toma conhecimento de que não foi fácil também pro seu concept artist favorito chegar na Disney, Dreamworks, etc, a gente se sente mais conectado com os outros, sente mais empatia pelo trabalho alheio e, é claro, muito mais motivado a continuar adiante na nossa própria jornada.

Até o momento eu vinha sempre buscando esse tipo de inspiração lá fora, acompanhando artistas como Jake Parker, Rad Sechrist, Will Terrell, Bobby Chiu, Stephen Silver e Sycra, pra citar alguns, e embora pra mim seja fácil ler/compreender o inglês, tem gente que não tem a mesma facilidade que eu.

Eis então que surge que uma mente brilhante aqui em terras tupiniquins - leia-se Henrique Lira -  que teve a ideia de promover um evento nacional, online e gratuito sobre animação e concept art. Estamos falando do ICONIC, o I Congresso Nacional de Animação e Concept Art, que já tá rolando! Quer dizer... "tá rolando".


O evento está marcado pra acontecer entre os dias 4 a 10 de agosto, mas, gente, tá tendo um aquecimento muito legal desde o mês passado, com diversos vídeos abordando as mesmas questões que eu vinha procurando lá no exterior. Além de pequenos vídeos informativos, chamados ICONIC Insights, estão colocando no ar também Hangouts com a participação de algumas das mentes mais criativas do Brasil! O resultado desse esforço tá sensacional e muito positivo, pelo menos pra mim. Poder ter esse contato com as pessoas daqui, finalmente ter a chance de conhecer as caras das pessoas daqui e sem precisar dar um jeito de ir numa Comic Con Experience, ou numa Fiq da vida, é muito bom, e fico muito feliz pela oportunidade de participar desses encontros.

E isso tudo que eu falei até agora é só o aquecimento! Dá uma olhada num pedacinho da lista de coisas que estão preparando pro evento em si!


Pra acompanhar tudo de perto e não ficar de fora dos próximos Insights e Hangouts, convido vocês a se inscreverem, curtirem a página no Facebook e assinarem o canal no YouTube.

Tá esperando o que? :)

De volta a partir de agora

segunda-feira, 13 de julho de 2015

e por tempo indeterminado. O que isso quer dizer? Quer dizer que o trabalho que eu vinha exercendo ao longo dos últimos oito meses acabou (infelizmente) e desde o dia 1º de julho estou em casa.

Eu não sei se com o meu sumiço desde abril vocês se perguntaram o que aconteceu, mas vou contar um pouquinho. No final do ano passado, eu me formei na Ufes pra assumir um cargo como artista generalista 2D júnior em um estúdio de jogos aqui do Espírito Santo.

Lá, atuei como ilustradora, criando personagens, elementos de cenário e pequenas animações pra um projeto educativo do Rio de Janeiro, que se chama Clubinho Salva Vidas, além disso, pude me envolver em outros projetos paralelos da empresa que foram super legais. Esse foi, sem sombra de dúvida, um período fantástico na minha vida, de muito crescimento, aprendizado, boas amizades e paixão pelo trabalho. Por isso o "infelizmente" comentado entre parênteses ali em cima, ao dizer que acabou.


Coleção de vídeos disponíveis do projeto Clubinho Salva Vidas de Eliandro Canto, nos quais tive participação como artista 2D durante o período que fui colaboradora na Interama Tecnologia Interativa.

Agora que estou disponível em casa, minha atenção se volta novamente aos meus estudos (e olha, tem é coisa pra estudar) e aos trabalhos freelancer, e isso significa voltar a movimentar o Caixola, que é, antes mesmo de Rodentia nascer, o meu principal projeto pessoal. Escrever aqui sobre minhas experiências e desenvolvimento, compartilhar essa conversa com vocês, leitores e amigos, é o diário que registra o meu crescimento. Nesses últimos meses de trabalho eu sinto que consegui crescer muito, mas perdi a oportunidade de registrar.

Então convido vocês para virem comigo recuperar esse contato perdido, enchendo a Caixola de coisas bacanas e novas, aproveitando o tempo que temos disponível até que surja uma nova oportunidade de trabalho! Vambora? :D

Abraços a todos e até o próximo post!

Concurso de Fadas

sábado, 18 de abril de 2015

Durante o mês de março, a Imagination International Inc (empresa responsável pela revenda das canetas da marca Copic na America do Norte) promoveu um concurso de design de personagens. Eles têm no site um mangá digital chamado III Academy (Academia III) que conta a história de dois primos que entram para um curso de artes e devem aprender a utilizar os materiais das marcas que são vendidas pelo site. Pra coisa ficar bacana, eles fizeram uma proposta de antropomorfização dos materiais, transformando-os em fadas. Na história do mangá já haviam sido apresentadas quatro fadas para as linhas de produtos da Copic, as canetas Copic Classic, Sketch, Wide e Ciao. Para o concurso, o desafio foi criar o design de uma fada pra linha Various Ink, que é o refil de tintas da marca.

Fadas do mangá. Elas são a Copic Sketch, Wide, Classic e Ciao (esq. p/ dir. cima p/ baixo)

O regulamento do concurso pedia que a fada fosse em estilo Chibi (2 a 2 cabeças e meia de altura), que fizesse uso de roupas semelhante a outras fadas Copic e cores diferentes delas. Como sou muito empolgada com essa coisa de design de personagens, acabei fazendo minha tentativa pra participar. Bom, depois de estudar um bocado os personagens de referência, fiz alguns rascunhos, levando em consideração que queria um personagem alegre, carismático, que transmitisse energia, já que é isso que o refil faz.


Quando mostrei meus rascunhos pros amigos, obtive muitas respostas positivas. O pessoal adorou a ideia do personagem usar um chapeuzinho que lembra a tampa do pote de tinta e juntando os votos de todo mundo, tinha ficado entre o design número 3 e o 6 pra acabar. Mas aí a Nanika me chamou a atenção pra alguns detalhes, o que me levou a fazer um último desenho, que foi o que eu acabei e enviei pro concurso. Ficou assim:

Meu design.
Continuei com a ideia da tampinha, mas ao invés de acabar o cabelo com uma franja inteiriça, fiz com uma forma de gotinha, pra ficar semelhante à tinta pingando do vidro de refil. Tava todo mundo bem empolgado com o resultado do design, inclusive eu!, E o resultado? Bom... pra minha tristeza não fui escolhida vencedora. :(

Detalhe
Mas tudo bem. Não importa muito porque foi divertido do mesmo jeito, mas bem que eu teria ficado extremamente feliz com 500 dólares em produtos Copic aqui comigo, hehehe! :P Quem sabe numa próxima oportunidade.

Ficaram curiosos pra saber quem foi o vencedor? Tá aqui o link pra acessar o resultado. Tem ainda uma lista com as menções honrosas (designs que foram do agrado das autoras do mangá, mas não foram escolhidos vencedores). Infelizmente nem nas menções honrosas o meu apareceu, mas tá de boa! :)

Até a próxima!

The Legend of Zelda

domingo, 12 de abril de 2015

Graças aos meus colegas de trabalho, vim a conhecer o jogo The Legend of Zelda: Minish Cap, e comecei a jogar há algumas semanas. O jogo é super demais! Achei a arte tão bonitinha e a proposta do mundo miniatura tão legal que não resisti ao impulso de fazer fanart.


Na semana passada quando sentei pra rabiscar, como sempre costumo fazer nos fins de semana, elaborei uns estudo do Zelda Link (sim, ele não se chama Zelda não, gente!) e gostei tanto do resultado que decidi levar o segundo deles pro meio digital pra dar acabamento.


Usando algumas das técnicas que compartilhei com vocês nos últimos posts sobre experiências digitais, colori uma camada com cores chapadas e fiz sombreado dos elementos em outra camada em modo multiply. As cores que usei pra isso foram #be63d5, #263c8e e #a39753 (em código hexadecimal) e a opacidade da camada ficou em torno de 45%.

Pra terem uma ideia de como usei as três cores diferentes no sombreamento, vou deixar um passo a passo aqui com as layers separadas.

Processo: linhas, flats, sombras, primeiros elementos de cenário, highlights, cenário final e efeitos.
De resto, teve um bocado de highlights e alguns filtros de blur pra dar uns efeitos no cenário e voilá - a imagem final.


Sobre o sombreamento, percebi durante o processo que uma cor só não faria o trabalho, e por isso optei por usar uns três tons pra elementos diferentes. Isso me lembrou da conversa que tive com a Nane no post anterior sobre essa técnica de cell shading, quando eu comentei que nem toda a cor deveria funcionar legal em multiply com o lilás.

Sobre o jogo... façam um favor a si mesmos e joguem! Hahaha! E aproveitando a oportunidade, queria me retratar pela contínua ausência no Caixola. Morto ele não está, mas meu tempo pra produzir posts tá bem encurtado.

Por isso reforço que o jeito mais fácil de acompanhar é pelo Instagram ou Tumblr. Caso sejam usuários de alguma dessas redes, fica o convite pra me adicionarem! :)

Abração a todos e até breve!