Lápis de cor apagável Ecole - Ebras

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Caixa de lápis de cor apagável da Ebras - Ecole Apagável 24 cores.

Há algum tempo atrás,  o Caixola foi procurado pela empresa brasileira Ebras, com a gentil oferta para realizar testes em sua linha de lápis de cor apagáveis. Já fazem alguns meses desde que recebi esse material (e alguns outros dos quais falarei em outro post) e demorei um pouco pra escrever a respeito, pois estava super enrolada com meu estágio e o projeto de graduação. Alem disso, a Nanika, minha grande parceira de blog e melhor amiga :), estava muito interessada em testar ela mesma os materiais, pois para ela esse contato com lápis de cor apagável era inédito.  Enfim, demorou um bocado, mas vocês poderão acompanhar a seguir, a visão de duas pessoas sobre esse material. Foi bacana fazer essa troca de figurinhas, pois nossos estilos são diferentes e acredito que as opiniões diversas e a sua própria experiência são importantes para a construção de uma opinião a respeito.

Bom, quando me aproximei pela primeira vez de lápis de cor apagável, estava procurando por uma experiência semelhante à obtida com os grafites de minas coloridas da Koh-i-noor, Pilot e Pentel, porém com maior possibilidade de apagamento, pois esses são bem difíceis de se apagar. Meu primeiro contato foi com os lápis da Faber-Castell que, infelizmente, se mostraram pra mim uma frustração,  pois apesar de serem realmente apagáveis em comparação com as outras minas coloridas que possuo, seu pigmento é muito claro e difícil de trabalhar.

Teste comparativo entre os lápis da Faber-Castell e da Ebras.

Já com o material disponibilizado pela Ebras as coisas foram um pouco diferentes. Fazendo um teste comparativo colocando lado a lado as cores da caixa de apagáveis da Faber-Castell e algumas semelhantes disponíveis na caixa da Ebras, podemos perceber com nitidez a diferença. As cores da Ebras são boas e vivas, deixando uma massa de pigmento boa sobre o papel. Melhor ainda, eles também são realmente apagáveis, vêm com borracha na extremidade de cada lápis e funcionam bem com qualquer borracha, diferente dos da Faber-Castell que “exigem” o uso de borracha sem PVC. No entanto, tive um pouco de dificuldade em manusear os lápis em alguns dos testes que fiz.

No primeiro contato, usei um recorte de papel em formato A6 de gramatura 90g/m² e texturizado para fazer um desenho. Dispensei o uso de um rascunho prévio à grafite, afinal os lápis que estava utilizando eram apagáveis e não precisava ter medo de errar. Utilizei o lápis de mina cinza pra essa etapa.

Rascunho de um Superman feito com Ecole Apagável cor cinza.

A partir daí comecei a trabalhar a sobreposição de cores, e foi onde encontrei uma pequena barreira: foi um pouco difícil conseguir obter misturas de cores. Acredito eu que isso se deva em parte à quantidade de cera contida no pigmento da mina porque a cor logo ficou saturada no papel e não consegui escurecer o desenho com a gradação de cores que gostaria. A partir de um certo ponto, conforme ia tentando jogar outras cores, o lápis ficava só “patinando” no papel mas não coloria nada. :/

Tentando resolver o desenho só com cores...

Depois de tudo colorido, usei minha borracha da Mercur pra destacar os pontos de luz e aqui dá pra ver com clareza como o apagamento do lápis funciona muito bem, e muito melhor do que o da Faber-Castell, inclusive! Quando terminado o desenho, percebi que estava tudo muito homogêneo e desvalorizado com o contorno do meu rascunho em lápis cinza. Como não consegui obter uma boa definição da figura só com a gradação dos lápis, tive que lançar mão de tinta para redefinir os traços principais do desenho. 

... achei que ficou meio desvalorizado no final...


... acabei tacando tinta no contorno. :/

Dentre diversos outros testes de rascunho e pintura que efetuei com os lápis, cheguei à conclusão de que eles realmente possuem uma cor ótima e são muito bons para serem apagados, constituindo-se em um bom recurso para rascunho, colorização e acabamento, pois conferem novas possibilidades como a história de destacar a luz com a borracha. Mas pro meu estilo de desenho e colorização foi um recurso meio difícil de ser manuseado, pois costumo desenhar em formatos pequenos que exigem certa precisão e essa história do lápis saturar rapidamente faz com que eu não consiga “construir” um traço bem definido. Quando estou rascunhando gosto de rabiscar bastante e depois escurecer o traço final do meu desenho, e não consigo fazer isso com os lápis apagáveis do mesmo jeito que faço com os grafites da Koh-i-noor, Pilot, Pentel e grafites comuns, nem com os lápis da Faber-Castell, nem com os da Ebras.

De qualquer forma, acredito que vale a experiência pessoal de cada um com o material, afinal achei muito bacana saber que existe uma empresa brasileira dedicada a esse segmento no mercado. Além disso me surpreendeu a diferença de qualidade entre os lápis da Ebras e os apagáveis da Faber-Castell, sendo os da Ebras, na minha opinião, muito melhores em praticamente tudo.

A parte da gradação de cores foi algo que considerei ruim, mas para compensar esse ponto fraco no produto a linha Ecole Apagável possui uma caixa de 24 cores, o que acaba colaborando bastante pra obtenção de uma gama maior de tons para colorir, e o preço que encontrei na internet foi muito bacana também, em torno de R$ 7,00.

Aqui estão mais detalhes do Superman, bem como alguns rascunhos mais acabados que fiz com os lápis.

Clique pra ver maior. :)

Por fim, deixo vocês descobrirem as impressões da Nanika, que teve seu primeiro contato com materiais dessa natureza:

Impressões da Nanika

Como a Suco disse, não tenho hábito de desenhar usando minas coloridas. Embora eu utilize cores diferentes para fazer rafes digitais, costumo manter o bom e velho grafite em esboços analógicos. Vez ou outra me arrisco com lápis de cor normal, mas isso não ocorre com frequência.
Não tenho minas coloridas próprias pra desenho, e o máximo que fiz com as da Suco foi rabiscar umas linhas aqui e ali. Lápis de cor apagável é, ao meu ver, a proposta que mais se aproxima das dos lápis de desenho (azul e vermelho), com a diferença de que há várias cores pra usar e a possibilidade de conseguir efeitos de luz apagando uma área da massa de cor.
O primeiro contato “verdadeiro” com esse tipo de material foi gastando alguns dos lápis que a Ebras deu para a Suco. Fiz dois rascunhos para testar variação da intensidade da cor, capacidade de apagamento, resistência da ponta, apontamento, e consistência. Para isso usei páginas do meu sketch pad, de folhas brancas de gramatura 130g/m².
Os lápis foram aprovados em todos os quesitos avaliados! Considerando o material na categoria de material escolar, ele oferece muito mais do que se propõe. Não posso comparar os lápis de cor com lápis próprios para desenho, tanto pela especificidade particular de cada um, quanto pela minha inexperiência com o segundo, mas posso afirmar que gostei do material fornecido pela Ebras. 
Nane chan d(^-^ )


Imagens cedidas pela Nanika especialmente para esse bate-bola! :)

Enfim, espero que tenham gostado dessa pequena resenha, das primeiras impressões e dos testes, e que lhes seja útil na hora de adquirir materiais!

Até a próxima, pessoal! 

6 comentários:

  1. Foi um dia super divertido! Preciso de mais dias iguais a esse...

    Também espero que este post seja útil como fonte de informações sobre materiais e que nossa experiência contribua de alguma forma aos interessados. Apesar da diversão inevitável de se trabalhar com o que gostamos de fazer, testamos os materiais com seriedade para poder construir uma opinião baseada em experimentações.

    Até a próxima, Suco! o/

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    1. Com certeza, Nanika. No meu caso, não pude deixar de comparar o uso do material com a minhas experiências prévias, afinal meu interesse principal nas minas coloridas é poder rascunhar do mesmo jeito que faço com grafites normais. Nesse caso, ainda considerei o lápis da Ebras distante do que espero, mas como disse, muito melhor que o da Faber-Castell.

      Foi mesmo muito divertido e espero que possamos combinar mais vezes pra programas assim! :)

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  2. Muito legal! Os desenhos ficaram muito legais e o preço é extremamente acessível. Nunca tinha visto esse tipo de lápis em ação, excelente análise.

    Ps: Aguardando um post sobre aqueles camundongos ninjas irados hein!

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    1. Oi, Heitor!

      Na verdade aqui mesmo no Caixola já contei da minha experiência com os lápis da apagáveis da Faber-Castell. Foi uma descoberta pra mim, comprei na curiosidade, mas fiquei muito desgostosa do material. Em comparação com os da Ebras, acho que os da Faber-Castell ficam muito atrás, inclusive no custo X benefício, pois a caixa da Faber-Castell só vem com 12 lápis e custa em torno de RS 14,00.

      Ainda estou com muita, mas muita mesmo, vontade de experimentar a linha da Prismacolor, chamada Col-Erase, mas é muito difícil ter acesso a esse material no Brasil. :/

      Sobre os "camundongos ninjas irados" (hehehehe), fique tranquilo, pois tão logo acabe o mês de outubro farei um post dedicado ao Inktober e outro especialmente pros ratos, não só os ninjas, mas todos!

      Continue acompanhando por aí e obrigada pelo seu comentário! :D

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  3. Muitaa vontade de ter!!!! rsrsrs os desenhos como sempre lindos...e post foi super detalhado...é tipo um "eu compro!!" (se eu achar por aqui, claro.) . Obrigada pela informação!!

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    1. Oi Débora!

      Realmente é um material bem diferente de se trabalhar. A história de poder usar a borracha pra destacar a luz na cor é um charme a parte, e diga-se de passagem virou meu recurso favorito!

      Fico feliz que a informação tenha sido útil, e espero que você consiga encontrar os materiais por aí! :D

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